sexta-feira, 21 de junho de 2013

: Avestruz (Mário Prata)

Situação de Aprendizagem
Público alvo:  9º ano do E.F. II
Tempo previsto: 5 aulas



—Objetivos
1.Desenvolver as estratégias leitoras;
2.Refletir sobre o assunto abordado superficialmente, preparando o aluno para descobrir as interpretações mais profundas;
Refletir sobre as prováveis intenções da narrativa
Estratégias
—Ativar conhecimentos prévios por meio de perguntas relacionadas ao título, levantando hipóteses sobre o assunto que será tratado no texto;
—Levantamento de hipóteses,  antecipações, expectativas;
—Confirmar, rejeitar ou retificar as antecipações ou expectativas criadas antes da leitura;
—Esclarecer palavras desconhecidas a partir de inferências e/ou busca em dicionários;
—Formular hipóteses a respeito da sequência do enredo;
—Formular conclusões implícitas no texto, com base em outras leituras, experiências de vida, crenças, valores;
Primeira aula
Levantamento dos conhecimentos prévios
1.Quem tem animal de estimação?
2.Como é ter um animal de estimações? Quais os cuidados necessários?
3.Conhecem o avestruz, o que se recordam dele?
4.Sabem qual é o lugar de origem desse animal?
5.Já leram, ouviram música ou assistiram a filmes que trouxessem esses animais?
Depois dessa interação preliminar, faz-se a leitura silenciosa do texto pelos alunos;
Após essa leitura, propõe-se a leitura compartilhada, já com inferência ou busca dos vocábulos não compreendidos;
Pedir que tragam para a próxima aula outros gêneros que se refiram ao assunto.
Segunda aula
Produção de ficha técnica, importância do gênero e revisão dos substantivos e linguagem técnica
Primeira produção escrita: gênero Ficha técnica sobre o animal
Avestruz, constando o nome científico, peso, altura, continente de origem do animal,expectativa de vida e hábitos alimentares.
Quando estiver construindo o gênero questionar aqueles que têm animal se eles teriam uma ficha técnica de seus bichinhos e qual a importâncias de se fazer esse gênero para cuidar deles?
Questionar se eles saberiam o nome científico de seus bichinhos e por que é necessário que se tenha esse tipo de nome. Qual a função dessa substantivação técnica?
Rever a classificação dos substantivos, observando a questão do gênero para o nome da ave em questão.
Terceira aula
Pesquisa sobre o gênero crônica e suas características
—Perguntar se os alunos saberiam identificar o gênero do texto
Avestruz de Mário Prata ou se lembram de terem  outros textos com características similares. Onde leram?
Conhecem o autor?
A linguagem é familiar?
—Pedir pesquisa a respeito do autor e do gênero crônica;
Assistir ao trecho do filme Príncipe da Pérsia: as areias do tempo no qual aparece uma corrida com avestruzes, observando a importância dadas ao animal naquela situação.
—Perguntar se essa característica foi explicitada no texto? Qual seria a intenção do autor ao fazer isso?
Quarta aula
Explicação sobre o gênero crônica e suas características
—Questionar qual a situação do cotidiano que levou o escritor a produzir a crônica?
—Qual a finalidade desse gênero textual e onde ele é comumente veiculado?
—O assunto cabe em outros gêneros? Conhecem algum?
—Mostrar e ouvir a música Avestruz  Dé Di Paula & Henrique (http://letras.mus.br/de-di-paula-ze-henrique/449646/)
—Observar as relações intertextuais, comparando a música, o texto e a ficha técnica elaborada.
Quinta aula
Reflexão sobre as intenções  do narrados;
Produção de gêneros diversos: verbais e não verbais
—Após comparar os gêneros, questionar sobre as intenções do autor ao omitir determinadas informações e ressaltar outras. Ele atingiu o objetivo pretendido? O texto tem um tom de humor?
—Produzir texto em um dos gêneros: cartazes com fichas técnicas, crônica ou música, sobre temática próxima à abordada pelo texto.
Debater sobre o pedido do garoto: é normal fazer esse tipo de pedido?
Expor os trabalhos produzidos nos murais e blog da Entidade Escolar.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem: "A Pausa".

Docente: Maria da Solidade Silva

Turma: 9º Ano Desenvolver as habilidades de leitura dos gêneros estudados a  partir da familiaridade que vamos construindo com eles nas diversas situações didáticas propostas,como instrumentos para a organização da aprendizagem.

Para começar discutir com seus colegas de classe uma letra de música conhecida, " O casamento dos pequenos burgueses". Antes, porém, considere estas questões:
a) Quem são os pequenos burgueses?
b) Você acredita que o casal retratado na letra da musica, teve um casamento duradouro? Retire do texto uma justificativa para sua resposta.
c) A letra da musica sugere que não é fácil manter um relacionamento a dois, mas mesmo assim, muitos casais se "toleram". Você acredita que isso aconteça, por quê?



Pesquisar sobre burguesia.

Em grupo, identifique os principais problemas enfrentados pelos casais no contexto familiar e fora dele. Depois compartilhe suas respostas com a classe.

Podemos dizer que a letra da música gira em torno do tema:
a) A importância de se manter uma união a dois até o fim da vida;
b) A falta de amor que o ser humano tem para com o próximo;
c) A necessidade de se manter no emprego;
d) O amor que um homem sente pelos seus animais de estimação.

domingo, 16 de junho de 2013

Como trabalhar a partir de textos






Situação de Aprendizagem  - 1º ano do EM

Texto selecionado: A última crônica de Fernando Sabino

Total de aulas: seis aulas

Objetivo

O objetivo desta Situação de Aprendizagem é levar o aluno ao conhecimento do gênero crônica, suas características de linguagem, estrutura e estilo. Para que, posteriormente, ele possa produzir o próprio texto dentro do gênero assimilado e em uma situação de comunicação. 

PRIMEIRA ETAPA (1ª aula) - Leitura compartilhada 

Nessa etapa é importante ativar os conhecimentos de mundo, de situação de comunicação e de contexto de produção para observar como cada aluno vai construindo o sentido do texto e como, em grupo, esse sentido pode ser compartilhado.

Estratégias de leituras: inferências locais e globais, contextualização, levantamento de hipóteses, observação das relações intertextuais e interdiscursivas.

 
SEGUNDA ETAPA (2ª aula) - Leitura analítica

Nessa etapa, antes de definir as características do gênero crônica, observam-se os elementos metalinguísticos que possibilitam depreender a temática própria do gênero, bem como o tipo de variante linguística predominante e os recursos linguísticos que estruturam o gênero.

Estratégias de leituras: na análise, a leitura dever ser minuciosa, observando as opções estilísticas, as construções de parágrafos e períodos (simples e composto) levando em consideração a temática e a finalidade do gênero.

TERCEIRA ETAPA (3ª aula) - Discussão sobre o gênero – definição e familiaridade
Nessa etapa, pedir para os alunos trazerem outras crônicas. Nesse momento, é possível a primeira avaliação: se o aluno compreendeu, por meio da análise, o que distingue a crônica de outros gêneros de caráter jornalístico e literário, ele poderá chegar à conclusão sobre o caráter híbrido desse gênero.

Estratégias de leituras:  comparação, percepção da linguagem e das estruturas linguísticas que organizam o gênero.

QUARTA ETAPA (4ª aula) - Relações intertextuais e interdiscursivas

Leitura do poema de Manuel Bandeira

O último poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Após a leitura do poema, sua contextualização segundo a escola literária e a obra do autor, observar em que medida o autor da crônica tentou manter na composição da crônica o desejo do poema, como se deu a relação dialógica. Aqui também caberia uma breve explicação sobre o uso do futuro do pretérito como um tempo verbal no qual é possível a exposição de desejos, anseios, como acontece com Sinhá Vitória em Vidas Secas.

Estratégias de leitura: comparação entre textos,  reconhecimento da importância de estruturas linguísticas programadas: coesão e coerência textual.

QUINTA ETAPA (5ª aula) - Produção textual

Agora é o momento que, para os alunos, torna-se crítico o ato de escrever, visto que ele teve acesso a um conjunto de textos cuja escrita de qualidade supera sua experiência como escritor. É necessário sensibilidade para, com sinceridade, motivá-los à escrita de suas próprias crônicas. Sugira que o assunto seja familiar e desperte interesse; depois peça que encontre outros gêneros – assim como Fernando Sabino se apropriou do poema, o aluno também pode encontrar uma música, um filme, um livro cuja temática lhe aguce a criatividade. 

ÚLTIMA ETAPA - Avaliação do processo de leitura e escrita

A avaliação ocorre de forma contínua durante o processo de construção do conhecimento e se efetiva pela produção do aluno. Esta deve respeitar todas as etapas: o planejamento do texto, a primeira escrita, a revisão e a produção final.
  
Após a avaliação, os textos podem ser publicados no Blog.
 

Como trabalhar a partir de textos


Meu primeiro beijo 

Antônio Barreto


¨  Discussão oral.
¨  Levantar hipóteses sobre o texto, por meio do título e da imagem.
¨  Realizar a leitura individual e coletiva do texto.
¨   Dialogar com os alunos sobre o texto: Gostaram? Lembram de algum episódio relacionado a beijo?
¨   Separar duplas para que possam identificar e responder informações presentes no texto.
¨   Pesquisa:
¨  Atividade interdisciplinar com professor da disciplina de Ciências para realizar a leitura do texto e trabalhar atividade pertinente a sua área.
¨   Pesquisa com o professor da disciplina de artes obras referentes a sentimentos, sensações e demonstrações de amor.

Música: Um Beijo

Luan Santana



       Sai cantando do chuveiro

Eu sou o cara mais feliz do mundo inteiro

Noite perfeita, tá na hora, quero te encontrar

       Em frente ao espelho, tô ensaiando

A melhor forma de dizer que tô te amando

Essa é a chance, é agora eu não posso errar

       Mas bem na hora de falar com você

Travei, comecei a gaguejar

E a saída é deixar acontecer
O coração se entregar

       Um beijo fala mais que mil palavras

Um toque é bem mais que poesia

No seu olhar enxergo a sua alma
Sua fala é uma linda melodia
Ninguém sabe explicar o que é o amor
Ninguém vai ser feliz sem ser amado
Meu coração de vez se entregou
Confesso que eu estou apaixonado

       Mas bem na hora de falar com você

Travei, comecei a gaguejar

E a saída é deixar acontecer
O coração se entregar





Atividades a serem trabalhadas

¨  Características do gênero letra de música.
¨   Denotação e Conotação.
¨   Roda de conversa: O que é o amor? Beijo é uma demonstração de amor?

Avaliação

¨  Realizar uma crônica narrativa com o tema: Beijo.



  

 Intertextualidade entre Antônio Barreto e Clarice Lispector





domingo, 9 de junho de 2013

Conto de Maria Feitosa - inspirada na pintura de Igor Medvedev






Para aqueles que, como eu, admiram pinturas e textos, inspirada pela pintura acima do artista russo Igor Medvedev, escrevi o conto:

Partida: uma escolha

Quem olhasse de longe logo imaginaria que minha partida estava envolta por uma atmosfera sombria, nefasta, lúgubre. Mas toda a visão à distância é corrompida nos detalhes. A mulher, cuja mala era arrastada lentamente pela rua sob o olhar de um gato empoleirado, não era infeliz ou melancólica. O ambiente externo, de luz fugaz, um lusco-fusco indeterminado da noite, encobria a efusão contida daquele ato quase heroico de partir. Porque partir deixou de ser mera fuga. Partir passou a ser a perspectiva pelo desconhecido, pela aventura, a oportunidade de descobrir-se em um novo eu, dentro do já conhecido. 

A partida tornava a chegada uma realidade. O incógnito olhar, porém, não saberia precisar esses sentimentos e haveria de supor, imerso no lugar-comum, se tratar de fuga, de desespero, de covardia até. E julgamentos precipitados, por mais que os temesse, não eram de todo desconhecidos, por essa razão pouco refletia ou me incomodava por despertá-los. Afinal, ao outro cabe esse papel de juiz porque se fiam nas próprias frustrações ao dar o veredito das ações de outros. E nesse sentido, por que eu deveria me importar?

Contudo, seria enganar-me afirmar que esse olhar duvidoso não me incomodava...  Mas assim como deixava que o bonde passasse ruidoso, pois caminhar era uma urgência da emoção que me impelia nessa nova jornada, não me permitia refletir sobre tais dúvidas... Era preciso deixar de lado esse olhar que vaticinava um destino infeliz. Porque mesmo a visão da pequena casinha a minha direita ou as longínquas torres mais altas à esquerda não me impediriam de olhar apenas e tão somente para frente. Chegada. Partida. Dentro e fora de mim uma escolha: a de viver, plenamente, tudo quanto se apresentasse aos meus sentidos embotados pelo tempo, corroídos pelo espaço, fragmentados pelas experiências...